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Ferros que compões melodias,
Sinfonias.
Harmoniosas, que gritam liberdade.

Grilhões enferrujados, soltos,

Que gritam pela companhia
daqueles que se foram um dia.

Lamentam, a solidão

Da qual desconheceram,

Com cânticos comemorados,

Mais um negro Alforriado.


Pesadas correntes arrastadas,

Por meio matas, e falsas estradas.

Desbravando novos caminhos, Por essa gente açoitada.

Suor que corre na pele,

Açoite que lhe corta a carne.

Deixa pra traz seus,

Grilhões que de musica não sabem nada.


Compreenda o Meu lamento
Eu choro pelo que vi,
Deste nobre povo Negro

Crianças eu vi chorar

E não pude libertar,


Vi mãe querer apanhar,

Tirar o filho deste lugar
Gritos quis silenciar,
Nem ao menos eu sei gritar.


Agora o ferrugem me solta

Já posso comemorar

Com o ranger deste aço
Vi liberto o escravo


Que tanto eu quis soltar
Agora...
Sou eu que agradeço

Ao tempo, que ouviu meu lamento

Liberto-me do sofrimento


De ver o sofrer de um povo,

O qual me vencia.

Erguendo os olhos aos céus

Ao alvoracer dos dias.

Hoje harmonizo meu som.

E efim posso agradecer;

Hoje sou eu o liberto,

No fim do amanhecer.


[by Luna]

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